“Deus mostrou grande amor para com a Família Salesiana de Dom Bosco enriquecendo-a com a santidade.
Sacerdotes, leigos e consagrados, jovens e adultos da Família, membros empenhados na educação e na evangelização, construtores do quotidiano e apóstolos chamados ao heroísmo do martírio encontram riqueza de inspiração entre os nossos santos.
é admir´vel o que a graça do Espírito Santo opera nos corações dos que o acolhem e se tornam disponíveis a Ele! Difundindo o seu amor, leva à caridade perfeita e à união cada vez mais profunda todos aqueles que acolhem seu dom.
A comunhão que entendemos realizar como Família tem na santidade, procurada com constância, o aspecto mais rico da nossa partilha.”(Carta de Comunhão da Família Salesiana, art. 38).
BEATO MIGUEL RUA
Beatificado em 29-10-72
Miguel Rua nasce em Turim no dia 9 de junho de 1837. Último de 9 filhos, perde o pai aos oito anos.
Estudou com os Irmãos das Escolas Cristãs até à terceira série elementar.
Deveria começar a trabalhar na Real Fábrica de Armas de Turim, onde o pai era operário, mas Dom Bosco – que aos domingos ia confessar na escola – propôs-lhe continuar os estudos com ele, garantindo-lhe que a Providência pensaria nas despesas.
Certo dia, Dom Bosco distribuía algumas medalhas aos seus meninos. Miguel era o último da fila e chegou atrasado, mas ouviu Dom Bosco dizer: "Toma, Miguelzinho!".
O padre, porém, não lhe estava dando nada, mas acrescentou: "Nós dois faremos tudo meio a meio", e assim foi de fato.
Colaborador da Companhia da Imaculada com Domingos Sávio, foi aluno modelo, apóstolo entre os colegas. Dom Bosco lhe disse: "Preciso de ajuda. Farei com que recebas a veste dos clérigos; estás de acordo?". "De acordo!", respondeu.
Em 25 de março de 1855, nos aposentos de Dom Bosco, nas mãos do fundador, fez os votos de pobreza, castidade e obediência.
Era o primeiro Salesiano. Começa a trabalhar intensamente: ensina matemática e religião; assiste no refeitório, no pátio, na capela; tarde da noite, copia numa bela caligrafia as cartas e as publicações de Dom Bosco, e, enfim, estuda para ser padre. Tinha apenas 17 anos!
É-lhe entregue também a direção do oratório festivo São Luís.
Em novembro de 1856, morre Mamãe Margarida. Miguel, então, vai encontrar-se com sua mãe: "Mamãe, a senhora quer vir com a gente?". A senhora Joana Maria vem, e também nisso a família Rua fez meio a meio com a família Bosco.
Em 1859, Rua acompanha Dom Bosco na audiência com o Papa Pio IX para a aprovação das Regras e, ao retorno, é-lhe confiada a direção do primeiro oratório em Valdocco. Foi ordenado sacerdote em 29 de julho de 1860.
Dom Bosco escreve-lhe um bilhete: "Verás melhor do que eu a Obra salesiana atravessar os limites da Itália e estabelecer-se no mundo".
O Padre Rua abre a primeira casa salesiana fora de Turim, em Mirabello.
Poucos anos depois, retorna a Valdocco, substituindo e assistindo Dom Bosco em tudo.
Em novembro de 1884, o Papa Leão XIII nomeia o Padre Rua vigário e sucessor de Dom Bosco, que morrerá em seus braços quatro anos depois.
O Padre Rua, considerado então a regra viva, torna-se paterno e amável como Dom Bosco. Enfrenta e supera inúmeras dificuldades no governo da Congregação. Consolida as missões e o espírito salesiano.
Morreu no dia 6 de abril de 1910, com 73 anos. Com ele, a Sociedade passou de 773 a 4000 Salesianos, de 57 a 345 Casas, de 6 a 34 Inspetorias em 33 países. Paulo VI beatificou-o em 1972, dizendo: "Ele fez da fonte um rio".
SÃO FRANCISCO DE SALES, DOUTOR DO AMOR

Com sua permanente autodefinição: "um pobre vigário da roça", José Sarto percorreu com simplicidade o caminho que o Espírito Santo traçou da responsabilidade de vigário de uma pequena aldeia até o Papado. Tomando o nome de Pio X, chamava a atenção pela modéstia e pobreza que o possibilitava à vivência da sua idéia-força: "Restaurar todas as coisas em Cristo".
São Pio X foi Papa de 1903 a 1914. Ocupado com a pastoral, São Pio X realizou reformas na liturgia, favoreceu a comunhão diária e a comunhão das crianças, sendo que no campo doutrinal rebateu por amor à Verdade o relativismo moderno. Sorridente, pai e pastor, São Pio X entrou no Céu com 79 anos, deixando para a Igreja o seu testemunho de pobreza, pois conta-se o fato, tomou dinheiro emprestado para comprar as passagens de ida e volta rumo ao conclave que o teria escolhido Papa, pois não acreditava num erro do Espírito Santo.
São Pio X, rogai por nós!
Também lembramos hoje, o nascimento de São Francisco de Sales:
Este santo nasceu no Castelo de Sales em 1567. Sua mãe, uma condessa, buscou formá-lo muito bem com os padres da Companhia de Jesus, onde, dentre muitas disciplinas, também aprendeu várias línguas. Muito cedo, fez um voto de viver a castidade e buscar sempre a vontade do Senhor. Ao longo da história desse santo muito amado, vamos percebendo o quanto ele buscou e o quanto encontrou o que Deus queria.
Mais tarde, São Francisco escreveu “Introdução à vida devota” e, vivendo do amor de Deus, escreveu também o “Tratado do amor de Deus”.
Atacado por uma tentação de desconfiar da misericórdia do Senhor, a resposta ele buscou com o auxílio de Nossa Senhora; por isso, foi dissipada aquela tentação. Estudou direito em Pádua, mas, contrariando familiares, quis ser sacerdote. E foi um sacerdote buscando a santidade não só para si, mas também para os outros.
No seu itinerário de pregações, de zelo apostólico e de evangelização, semeando a unidade e espalhando, com a ajuda da imprensa, a sã doutrina cristã, foi escolhido por Deus para o serviço do episcopado em Genebra. Primeiro, como coadjutor, depois, sendo o titular. Um apóstolo do amor e da misericórdia. Um homem que conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida, a mansidão do Senhor.
Diz-se que, depois de sua morte, descobriu-se que sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo, porque, com seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa a responder sem amor, sem mansidão para as pessoas.
É o fundador da Ordem da Visitação e também um exemplo para tantos religiosos como os salesianos de Dom Bosco. Eles são chamados assim por causa do testemunho de São Francisco de Sales.
Ele morreu com 56 anos, sendo que 21 deles foram vividos no episcopado como servo para todos e sinal de santidade.
Peçamos a intercessão desse grande santo para que, numa vida devota e vivendo do amor de Deus, possamos percorrer o nosso caminho em busca de Deus em todos os caminhos.
São Francisco de Sales, rogai por nós!
Fonte:cancaonova.com
Neste dia queremos lembrar a vida da santa que na liturgia comemoraremos amanhã, Joana Francisca de Chantal, modelo de jovem, mãe, irmã e, por fim, de religiosa. Nasceu em Dijon, centro da França, em 1572 e foi pelas provações modelada até a santidade.
A mãe tão amada faleceu quando Joana era criança; o pai, homem de caráter exemplar, era presidente da câmara dos vereadores e por causa de maquinações políticas chegou a sofrer pobreza e muitas humilhações. Joana, que recebeu da família a riqueza da fé, deu com 5 anos um exemplo marcante quanto a presença de Jesus no Santíssimo Sacramente, pois falou a um calvinista que questionava o pai: "O Senhor Jesus Cristo está presente no Santíssimo Sacramento, porque Ele mesmo o disse. Se pretendeis não aceitar o que Ele falou, fazeis dele um mentiroso".
Santa Joana Francisca com 20 anos casou-se com um Barão (Barão de Chantal), tiveram quatro filhos, e juntos começaram a educar os filhos, principalmente com o exemplo. Joana era sempre humilde, caridosa para com o esposo, filhos e empregados; amava e muito amada.
Tristemente perdeu seu esposo que foi vítima de um tiro durante uma caça e somente com a graça de Deus conseguiu perdoar os causadores, e corajosamente educar os filhos. Como santa viúva, Joana conheceu o Bispo Francisco de Sales que a assumiu em direção espiritual e encontrou na santa a pessoa ideal para a fundação de uma Ordem religiosa. Isto no ano de 1604. A partir disso, começou e se desenvolveu uma das mais belas amizades que se têm conhecido entre os santos da Igreja.
Santa Joana Francisca de Chantal, já com os filhos educados, encontrou resistência dos seus familiares, porém, diante do chamado de Cristo, tornou-se fundadora das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora. Seguindo o exemplo de Maria, a santa de hoje com suas irmãs fizeram um grande bem à sociedade e à toda Igreja. A longa vida religiosa da Senhora de Chantal foi cheia de trabalhos, sofrimentos e consolações. Faleceu em Moulins, no ano de 1641. Nessa época, já existiam na França noventa casas da sua Ordem.
São Francisco de Sales nunca abandonou a filha espiritual; sobreviveu-lhe ela dezenove anos e repousa a seu lado na capela da Visitação, em Annecy (local da fundação da primeira casa da Ordem das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora).
Santa Joana Francisca de Chantal, rogai por nós!
AUGUSTO CZARTORYSKI
Início do processo: 14 - 2 - 1921
Venerável: 1 - 12 - 1978
Beatificado no dia 25 de abril de 2004
Augusto Czartoryski nasceu em Paris no dia 2 de agosto de 1858, do príncipe polonês Ladislao e da princesa Maria Amparo, filha da rainha da Espanha. Há trinta anos a sua nobre estirpe, ligada aos interesses dinásticos da Polônia, tinha emigrado para a França. Venerável: 1 - 12 - 1978
Beatificado no dia 25 de abril de 2004
A partir do exílio, o príncipe Ladislao procurava restaurar a unidade da pátria desmembrada em 1795. Aos seis anos Augusto perdeu a mãe. Tomou seu lugar Margarina de Orléans, filha do conde de Paris, pretendente ao trono da França.
Desde pequeno, Augusto mostrou-se um garoto bom e reflexivo. Embora ligadíssimo à sua amada Polônia, jamais foi atraído pela vida da corte. A ação da graça em sua alma levou-o ao desapego dos bens terrenos e a uma séria vida espiritual.
Entre os 10 e 17 anos, estudou em Paris e Cracóvia, mas a sua frágil saúde obrigou-o a interromper os estudos e a transferir-se freqüentemente para o sul da Europa em busca de um clima melhor. Naqueles anos, a Providência colocou ao seu lado o preceptor José Kalinowski, que o guiou com prudência não só nos estudos, mas sobretudo na vida espiritual. Kalinowski fez-se depois carmelita. Hoje a Igreja o venera como santo. O preceptor descreve o seu aluno como um jovem de humor estável, de grande bondade de espírito, de perfeita cortesia, sincero, inteligente e muito religioso, mas na simplicidade de coração.
Em maio de 1883, Dom Bosco está na França. É convidado para o Palácio Lambert da princesa Margarida de Orléans. Augusto ajuda sua missa, e o santo lhe diz: "Há muito tempo desejo conhecê-lo!". O príncipe ficou fulgurado pelo encontro. Irá depois muitas vezes a Turim para se encontrar com Dom Bosco. Pede-lhe com insistência para entrar entre os Salesianos, mas o Fundador não está convencido.
Augusto fala com o Papa Leão XIII, que convida Dom Bosco a aceitar o príncipe. Em julho de 1887, depois de renunciar aos bens e à possibilidade do trono, contra o parecer da família, entra no noviciado. Tem 29 anos. Esforça-se por adequar-se aos horários e ao estilo de vida, torna-se o mais humilde dos noviços. Dom Bosco, quase à morte, abençoa o seu hábito talar. Inicia os estudos de filosofia. Logo depois fica doente, com tuberculose.
Na casa de Valsalice, em Turim, encontra o venerável André Beltrami. Os dois desenvolvem uma amizade espiritual muito profunda, enquanto André cuida de Augusto em sua doença. Entretanto, o P. Rua o faz estudar teologia e o admite às Ordens sacras.
Quando é ordenado sacerdote em San Remo, no dia 2 de abril de 1892, sua família está voluntariamente ausente: tentara de todos os modos fazê-lo sair da Congregação. Augusto encarnou plenamente a espiritualidade salesiana, de modo particular o aspecto do sacrifício e da oferta da própria vida e do próprio sofrimento pelo bem dos jovens e da Congregação; também Dom Bosco sofreu muito, embora não o deixasse perceber.
O P. Augusto morreu em Alassio no dia 8 de abril de 1893, sábado da oitava da Páscoa: "Que bela Páscoa!", tinha dito. Completara 35 anos. João Paulo II, o papa polonês, teve a alegria de beatificá-lo em 25 de abril de 2004. Seus restos mortais são venerados em Przemysl (Polônia).
SÃO JOSÉ CAFASSO-MODELO SACERDOTAL SALESIANO
SANTIDADE SALESIANA DO MÊS:
SANTO JOSÉ CAFASSO (1811 - 1860)
Beatificado em 1925
Canonizado em 1947
Canonizado em 1947

O ensino é cuidado com grande atenção e tem em vista formar bons confessores e hábeis pregadores. José estuda e aprofunda a espiritualidade de São Francisco de Sales, que depois transmitirá, sobretudo a um estudante: João Bosco.
Cafasso, seu diretor espiritual de 1841 a 1860, contribuiu para formar e encaminhar a personalidade e a espiritualidade de Dom Bosco. Típica do seu ensinamento é a valorização do dever quotidiano em vista da santidade. Como pôde testemunhar o mesmo fundador dos Salesianos: "A virtude extraordinária de Cafasso foi a de praticar constantemente e com fidelidade maravilhosa as virtudes ordinárias". Sempre atento às necessidades dos últimos, visitava e apoiava também economicamente os mais pobres, levando-lhes a consolação que derivava do seu ministério sacerdotal. O seu apostolado consistia também no acompanhamento espiritual dos encarcerados e dos condenados à morte, a ponto de ser definido o padre dos encarcerados.
Prudente e reservado, mestre de espírito, foi diretor espiritual de padres, leigos, políticos, fundadores. Pio IX definiu-o a pérola do clero italiano. O Padre Cafasso sustentou também materialmente Dom Bosco e a Congregação Salesiana desde suas origens. Depois de uma breve doença morreu com apenas 49 anos no dia 23 de junho de 1860. Foi beatificado em 1925 e canonizado por Pio XII em 1947, que o reconheceu como "modelo de vida sacerdotal, pai dos pobres, consolador dos enfermos, alívio dos encarcerados, salvação dos condenados ao patíbulo". O mesmo Papa, na encíclica Menti Nostrae de 23 de setembro de 1950 o propôs como modelo dos sacerdotes.
SANTIDADE SALESIANA É ALEGRIA